Existem momentos em minha vida em que Deus fala comigo (ou em que eu consigo ouvi-Lo) através de coisas corriqueiras como comer arroz e feijão, passear no shopping aos domingos ou fazer teatro.
Quando nos especializamos nalguma área, a tendência é perdemos um pouco a “fala normal” e começarmos a falar em códigos, expressões, simbologias, enfim, em termos técnicos desta área. Penso que Deus, sendo soberano, supremo e infinito, é o maior especialista, formado e graduado em todas as ciências existentes que, diga-se de passagem, foram criadas por Ele.
Deitada na cama, tentando vencer minha ansiedade para deixar o sono vir, ouvi Deus falar comigo mais ou menos assim:
“Filha... vejo que tu tens te esforçado tanto para fazer um bom espetáculo: Chegas horas antes, fazes aquecimento vocal e corporal, te concentras na persona que há muito tens ensaiado, repassas as falas frente ao espelho, te maquias magnificamente, vestes o figurino com todo o cuidado, tu nunca esqueces dos detalhes, por menores que sejam, a fim de que no final do espetáculo tua platéia te aplauda de pé, reconhecendo que o trabalho magnífico foi resultado do esforço excepcional que fizeste.
Entendo tudo que fazes, conheço teu coração e sei das tuas intenções. Mas quero te lembrar hoje, que não é o espetáculo que importa pra mim. Eu amo o artista. Meus olhos te vêem depois dos aplausos, quando a platéia vai embora, quando as luzes se apagam. Meus olhos te vêem no camarim, quando tiras teu figurino e maquiagem em lágrimas, porque muitas vezes o espetáculo não tem atingido tuas expectativas.
Tu esqueces querida, que além de diretor dos espetáculos da tua vida, Eu sou teu Pai, Teu Senhor, e teu melhor amigo. Acontece que muitas vezes tu me colocas como ator coadjuvante ou figurante.
Não se engane pequena, porque quando tudo acabar, os meus olhos vão te ver e te amar com o mais puro amor - O teu valor, não está no que tens ou fazes.
Hoje quero te convidar a retornar à posição de filha, a lembrar que eu posso – e quero – te fazer esquecer dos desentendimentos com outros atores, dos palcos ruins, dos espetáculos que deram errado, das dificuldades de decorar os textos...tu podes suportar TUDO se te mantiveres no lugar certo, se Eu for o centro da tua arte.
Quando as luzes se apagam, meus olhos continuam e continuam e continuam incessantemente a te olhar, a te esperar, a te entender, a te perdoar, a te amar. "
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
O sorriso na colina
Para ela, os dias eram vazios e sem cor. Limitava-se a ver, inconformada, a neblina que engolia
a cidade todas as manhãs. Num misto de ignorância e indiferença, jamais ansiou mudar coisa
alguma – em si ou no mundo. Sem sonhos, seguia só, sofria só.
Fazia o mesmo caminho todos os dias – sem cores, sem pássaros, sem vida. Ao subir a colina,
olhava para o céu reclamando Sua indiferença. Numa destas olhadas, notou bem no alto da
colina, o perfil de um menino.
A partir de então, sempre queria ver se o menino estava lá – até que já não olhava para o alto
para praguejar, mas somente para se certificar-se de sua presença.
Certo dia o menino sorriu, e porque sorriu, fez com que ela percebesse que todas as manhãs
o mundo sorria para ela e a convidava a ser feliz. Assim, abriu os olhos e não viu mais um dia
cinza, frio e escuro: viu a natureza falando da glória Daquele que a criou com todo primor.
Olhou para o céu intensamente pintado de rosa, laranja e amarelo e sorriu lamentando ter
ficado de olhos fechados por tanto tempo. Sorriu, agradecida ao menino anônimo que parecia
cada vez mais amigo, mais íntimo. Viu com admiração que os primeiros raios de sol nasciam -
fazendo brilhar aquele céu que até ali julgava cinza.
Desde então não via mais as pessoas como parte da paisagem cotidiana, mas como meninos
que não sabem sorrir. Ela passou a distribuir sorrisos todas as manhãs, não porque
quisesse algo em troca, mas porque sabia que um sorriso tem o poder de pintar de alegria
qualquer vida em preto e branco.
a cidade todas as manhãs. Num misto de ignorância e indiferença, jamais ansiou mudar coisa
alguma – em si ou no mundo. Sem sonhos, seguia só, sofria só.
Fazia o mesmo caminho todos os dias – sem cores, sem pássaros, sem vida. Ao subir a colina,
olhava para o céu reclamando Sua indiferença. Numa destas olhadas, notou bem no alto da
colina, o perfil de um menino.
A partir de então, sempre queria ver se o menino estava lá – até que já não olhava para o alto
para praguejar, mas somente para se certificar-se de sua presença.
Certo dia o menino sorriu, e porque sorriu, fez com que ela percebesse que todas as manhãs
o mundo sorria para ela e a convidava a ser feliz. Assim, abriu os olhos e não viu mais um dia
cinza, frio e escuro: viu a natureza falando da glória Daquele que a criou com todo primor.
Olhou para o céu intensamente pintado de rosa, laranja e amarelo e sorriu lamentando ter
ficado de olhos fechados por tanto tempo. Sorriu, agradecida ao menino anônimo que parecia
cada vez mais amigo, mais íntimo. Viu com admiração que os primeiros raios de sol nasciam -
fazendo brilhar aquele céu que até ali julgava cinza.
Desde então não via mais as pessoas como parte da paisagem cotidiana, mas como meninos
que não sabem sorrir. Ela passou a distribuir sorrisos todas as manhãs, não porque
quisesse algo em troca, mas porque sabia que um sorriso tem o poder de pintar de alegria
qualquer vida em preto e branco.
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
O que Deus faz
Uau. Faz quase 2 anos que não posto nada aqui.
Hoje parei um pouquinho para pensar em tudo que Deus fez desde que postei a última vez. Como Ele me guiou e tudo que Ele mudou. É incrível me dar conta disso.
Lendo aquela postagem "Entre goles e pensamentos", me lembrei daquela menina ansiosa e preocupada, tentando entender o que faria num futuro "que parecia não chegar". Hoje ele chegou e, de fato, nunca imaginei que estaria aqui, cursando teologia, morando em Curitiba, longe de onde fui criada e longe do que pensei que seria minha vida. Deus é mesmo incrível!
Queria compartilhar com vocês como Ele tem sido fiel, e como me trouxe pra cá com Mão poderosa.
Em janeiro de 2010, fui para o Projeto missionário de Arroio dos Ratos-RS. Antes de ir, pedi que o Senhor mostrasse se a FATEV (facul de Teologia) era o meu lugar. Em uma das pregações num culto interno, o Pr. Sérgio Scheffler falou sobre a FATEV e na hora eu entendi que aquilo "era comigo". Durante 2010, cursei meu último ano do curso de Teatro no SENAC e senti minha vontade de vir pra cá aumentar cada vez mais. Incrível memso foi somo tudo começou a se encaixar a as portas começaram a se abrir. A galera da igreja de Araçatuba deu um apoio incrível em oração, conversas, conselhos, tudo isso para que eu viesse pra cá "com os pés no chão". Muitas coisas aconteceram que me fizeram perguntar se era mesmo pra vim pra cá. Uma delas foi a doença do Jô (esquizofrenia), que hoje para a honra e glória do Senhor está bem, próximo da cura (assim cremos).
Enfim, até nossa mudança para cá Deus providenciou através da vida do Alex e da Vanessa que atualmente são missionários em Laguna-SC (obrigada, amados).
É importante contar também que vim pra cá com a Jaque, e aqui conhecemos mais duas colegas de classe, que serão nossas companheiras de república, estamos tentando encontrar um lugar perto daqui para alugar. O que eu tinha mais inseguranças era qto à emprego, e isso o Senhor já resolveu: Segunda-feira que vem começo a trabalhar numa empresa da área elétrica, com Auto CAD. :D
Daqui há uns dias conto um pouco do que tenho aprendido já.
Posso dizer que estudar teologia tem sido muuuuuuito mais do que fazer uma faculdade normal, tem sido um aprendizado pra uma vida toda, uma "visão panorâmica" daquilo que Deus preparou para a humanidade, desde a eternidade.
Glória a Deus!
Hoje parei um pouquinho para pensar em tudo que Deus fez desde que postei a última vez. Como Ele me guiou e tudo que Ele mudou. É incrível me dar conta disso.
Lendo aquela postagem "Entre goles e pensamentos", me lembrei daquela menina ansiosa e preocupada, tentando entender o que faria num futuro "que parecia não chegar". Hoje ele chegou e, de fato, nunca imaginei que estaria aqui, cursando teologia, morando em Curitiba, longe de onde fui criada e longe do que pensei que seria minha vida. Deus é mesmo incrível!
Queria compartilhar com vocês como Ele tem sido fiel, e como me trouxe pra cá com Mão poderosa.
Em janeiro de 2010, fui para o Projeto missionário de Arroio dos Ratos-RS. Antes de ir, pedi que o Senhor mostrasse se a FATEV (facul de Teologia) era o meu lugar. Em uma das pregações num culto interno, o Pr. Sérgio Scheffler falou sobre a FATEV e na hora eu entendi que aquilo "era comigo". Durante 2010, cursei meu último ano do curso de Teatro no SENAC e senti minha vontade de vir pra cá aumentar cada vez mais. Incrível memso foi somo tudo começou a se encaixar a as portas começaram a se abrir. A galera da igreja de Araçatuba deu um apoio incrível em oração, conversas, conselhos, tudo isso para que eu viesse pra cá "com os pés no chão". Muitas coisas aconteceram que me fizeram perguntar se era mesmo pra vim pra cá. Uma delas foi a doença do Jô (esquizofrenia), que hoje para a honra e glória do Senhor está bem, próximo da cura (assim cremos).
Enfim, até nossa mudança para cá Deus providenciou através da vida do Alex e da Vanessa que atualmente são missionários em Laguna-SC (obrigada, amados).
É importante contar também que vim pra cá com a Jaque, e aqui conhecemos mais duas colegas de classe, que serão nossas companheiras de república, estamos tentando encontrar um lugar perto daqui para alugar. O que eu tinha mais inseguranças era qto à emprego, e isso o Senhor já resolveu: Segunda-feira que vem começo a trabalhar numa empresa da área elétrica, com Auto CAD. :D
Daqui há uns dias conto um pouco do que tenho aprendido já.
Posso dizer que estudar teologia tem sido muuuuuuito mais do que fazer uma faculdade normal, tem sido um aprendizado pra uma vida toda, uma "visão panorâmica" daquilo que Deus preparou para a humanidade, desde a eternidade.
Glória a Deus!
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